quarta-feira, 22 de maio de 2013

Stunning suculents

 
 
 
Maria,
Lua quase cheia e pensamento supersticioso a fazer o pino – estará ela quase vazia de mim? (E se “quase” for optimista?). Um amigo no hospital, as sms falham, no seu lugar faria o mesmo. Ser chefe quando rezo para que tomem conta de mim. A fuga para a televisão, talvez esta angústia se cure a tiro de western ou policial… Frankie e Johnny, o Diabo decidiu divertir-se à minha custa, há quantos anos não tropeçava neste filme? Beber o cálice até ao fim. (Que megalomania é esta?, a frase pertence a Jesus e ao Chico). Pacino, antes de se render ao overacting. Pfeiffer desconfiada, mas fascinada por uma flor. Lembro-lhes cada tropeção até ao abraço final. Mas não arrisco – vou rever para me assegurar que ficam juntos. Se os americanos ganharam a guerra do Vietnam em Hollywood, por que raio não consigo eu um mísero armistício contigo em noite de Lua quase cheia?
Eu sei, chama-se vida real.


Júlio Machado Vaz

Sem comentários:

Enviar um comentário